Evento
Colégio Gonzaga recebe Augusto Cury
Autor mais lido da década palestrou sobre o gerenciamento de emoções nesta sexta-feira no auditório da escola
Carlos Queiroz -
No mês de prevenção ao suicídio, o Colégio Gonzaga recebeu o psiquiatra, escritor e pesquisador Augusto Cury. Com uma vasta obra relacionada à saúde mental e aos aspectos psicológicos que envolvem a vida humana, ele realizou, na noite desta sexta-feira (13), a palestra Mentes inteligentes, emoções e relações saudáveis. A partir destes pilares, ainda foram trabalhados temas como gestão emocional, resiliência e maneiras de atingir o equilíbrio entre a razão e a emoção no cotidiano.
Segundo Cury, cada vez mais as pessoas têm dificuldades em lidar com as adversidades do cotidiano. Falta uma gestão melhor das emoções. "Acabamos por acumular 'lixos mentais' que atrapalham nosso desenvolvimento interpessoal e nos impedem de desenvolver um bom estado de saúde mental." O psiquiatra diz que são estes "entulhos da mente", que acabam por caracterizar as situações do dia a dia, como a antecipação de problemas que ainda não ocorreram, cobranças excessivas e dificuldade em absorver críticas. No trabalho desenvolvido pelo pesquisador, ele auxilia para que esses "lixos" sejam reciclados de maneira eficiente.
Duvidar, criticar e determinar. Estas três palavras compõem esses métodos de gestão emocional propostos pelo palestrante. São, segundo ele, os pilares de uma maneira eficaz de combater os perigos da mente e não encarcerarmos a nós mesmos. "Duvidamos daquilo que nos controla, criticamos as ideias perturbadoras e determinamos que nós mesmos seremos os líderes de nossa psique. Caso contrário, seremos prisioneiros de nós mesmos". Aprender a usar a dor para construir e não para nos destruir é um dos objetivos que permeiam este trabalho voltado para uma melhor postura emocional.
Na avaliação do pesquisador, a sociedade vive um "manicômio global" que gera mendigos emocionais. "Cada vez mais as pessoas precisam de muitos estímulos para sentirem migalhas de prazer", afirmou o doutor. Há uma preocupação maior e, de certa forma, excessiva com o lado profissional e com a carreira. Segundo o autor, há um excesso de racionalidade e uma negligência com a questão emocional. Ainda pondera que, nos relacionamentos interpessoais, muitas vezes cobramos das pessoas que nos cercam atenção que não damos a nós mesmos e posturas para encarar problemas que não adotamos. Neste sentido, o gerenciamento de emoções e uma maior compreensão das adversidades faz-se necessário para atingir este equilíbrio. Desta forma, é possível viver de forma mais saudável e leve.
Escola da inteligência
Para dar uma atenção maior aos aspectos psicológicos das novas gerações, Augusto criou o programa Escola da Inteligência. A iniciativa desenvolve uma série de técnicas para trabalhar justamente o equilíbrio entre razão e emoção. As crianças são ensinadas a pensar antes de agir, trabalhar perdas, serem resilientes e a saber lidar com a opinião dos outros. A abordagem vai além da inteligência emocional e atinge diretamente a forma como os alunos lidam com os conflitos de suas vidas, gera empatia e melhora os índices de aprendizagem. Cury conta que, em Pelotas, o colégio Gonzaga trabalha com as metodologias do programa.
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